“Eu me chamo NUNES, nome que carreguei na camisa e no coração, enquanto funcionário da nossa velha Varig. Há quatro anos que também sofro junto com os demais colegas. Para continuar a sobreviver, tive que me desfazer de tudo que tinha conquistado com o meu suor e trabalho. Temos esperança, quando vemos esse tipo de atitude como essa que vocês tiveram. Sou do Norte do Brasil, mas isso não me faz menos variguiano, eu me considerava um soldado da Varig, ia pra onde me destacavam, era para fronteira ou para a Europa, não tinha problema, eu estava sempre de malas prontas. Salvamos vidas, ajudamos repórteres em seus trabalhos, levamos remédios, sem cobrar um centavo a mais do valor de suas passagens. Comecei como simples atendente no aeroporto, cheguei a gerente de aeroporto III. A dor da perda da nossa empresa, foi como perder um pai, uma mãe.
Quando falo que nós da Varig salvamos vidas e ajudamos repórteres, me refiro ao que está escrito no livro de Marcos Losekann, Ronco da Pororoca, página 58, se não me engano. Lá fala do episódio que ocorreu comigo e o Marcos Losekann, da Globo, que hoje está na Inglaterra. Naquela época, sem desmerecer a classe médica, o melhor médico da região (Acre) era a Varig, porque se nós chegássemos a tempo com o passageiro enfermo em Goiânia ou São Paulo, o paciente estava praticamente salvo. Tínhamos o passageiro como nosso melhor amigo, não só como cliente. Hoje, quando estou na condição de passageiro, não sinto a mesma coisa.
Um forte abraço e sucesso na causa.”
Sobre a carreira de Nunes: “Comecei em Manaus, em 1979 como despachante IV, passei a ser SAE (Serviço de Atendimento Especial), e cheguei a exercer o cargo de gerente de aeroporto de 1992 a 2001 em Rio Branco, AC- São Luis, MA, de 2001 a 2006 e cheguei até ser gerente interino em Copenhague, DK.”
Estamos felizes de conseguir colocar esperança na vida de milhares de aposentados de todo o Brasil. O blog Aviões Abatidos estará recebendo, de braços abertos, depoimentos como esse pelo e-mail avioesabatidos@gmail.com.
Fique a vontade para enviar a sua contribuição e contar a sua história.
Caramba, Nunes!
ResponderExcluirQue depoimento emocionante!
Lembro de você. Eu fui comissário e, nesta época, voava DC-10. Fazia o 204.
Estamos no mesmo barco. Conte com o apoio do amigo. Quanto mais tivermos veículos como este para nos comunicarmos, melhor.
Grande abraço, irmão.
Querido Pai,
ResponderExcluirFui testemunha de cada letra da brevíssima história que foi contada acima, mas saiba que nós, sua família, sempre estaremos juntos com o Senhor, independente de VARIG ou quem quer q seja. E que fique a lição, pois a doação para uma causa só é justa quando ela é benéfica a todos.
Seu filho,
Fabrício Nunes
Oi Nunes, foi de la que levamos para Brasilia, em um 737-200, emergencialmente improvisando uma maca (pois nao havia previsao), um militar, com cranio fraturado, que tinha sido atropelado na madrugada, enquanto fazia cooper??
ResponderExcluirSe lembra disso?
Marco Patelli - (então C.E.)